terça-feira, 9 de novembro de 2010

Questão de importância para registro

O secretário da Ordem Pública, Sr. Rodrigo Bethlem em segunda informação divulgada pela AIB, anuncia a proibição da distribuição de sopa para moradores de rua, que é prática antiga de senhoras da Igreja Católica. Na primeira informação divulgada pelo jornal O Globo, o Secretário afirmava que faria uma ação conjunta. Enviei e-mail para o Secretário, mas que até agora não houve resposta. O Prefeito Eduardo Paes sempre foi muito rápido na resposta desde os tempos de Deputado Federal. Das duas uma, ou o Prefeito tem tempo de sobra para dar atenção aos munícipes ou o Secretário é que é verdadeiramente ocupado.

E POR FALAR EM CALÇADAS DO RIO DE JANEIRO

Este é outro ponto que claramente não houve um planejamento para administrar a Cidade do Rio de Janeiro. Havido um planejamento, antes de mais nada a Prefeitura teria cuidado dos seus próprios espaços prevendo uma cobrança de exemplo que arrasta ao contrário das palavras que ou irritam ou comovem. Não é falta de lógica do Prefeito atual nem de seu antecessor, mas o fato é que há uma discrepância de racionalidade: a calçada é pública mas deve ser cuidada por uma pessoa só e que não pode dispor do espaço porque ele é devidamente público. Faz sentido?

Ainda tem mais. O 'proprietário' da calçada pública pode ter a entrada de sua casa bloqueada por qualquer automóvel desconhecido, seja de vizinho - quase sempre é - ou não, mas que a Lei permite para manter o reforço à falta de Educação.

'Quanto ao estacionamento na Rua, gostaria apenas de esclarecer que somente é proibido o estacionamento em vias públicas em frente da garagem da residência, sendo permitido o livre estacionamento em toda a via, mesmo que defronte da entrada da nossa casa. Para isto existe a calçada que obrigatoriamente consta nos projetos de construção da Prefeitura.'

O 'proprietário' da calçada vê seu vizinho varrer o lixo em direção a 'sua' calçada e nada acontece. Melhor, graças a Deus que acontece pouco em relação ao número de casos que muitas vezes se transformam em trabalho para os tribunais ou vaga na cadeia.

Parece nada, porém, brigas entre vizinhos aumentam as estatísticas de violência e avolumam-se na Justiça e hospitais. Quando o Prefeito e Secretariado de uma cidade grande como o Rio de Janeiro tomam medidas sem planejamento e sem se preocupar com os desdobramentos estão cometendo no mínimo, um ato de irresponsabilidade.

Porém, sou totalmente a favor da vigilância e fiscalização, principalmente de residências e edifícios em obras sem respeitar os necessários cuidados para com a vizinhança. No caso de haver uma obra, a calçada deve ser motivo de preocupação tanto dos responsáveis spela obra quanto do Poder Municipal.

O vizinho (Lakeview Terrace)

O prefeito Eduardo Paes determina a vigilância da fiscalização sobre a manutenção das calçadas em condomínio e bares.
Está certíssimo desde que, o Poder público municipal se ocupe e se mantenha presente no dever de proteger os munícipes ao preservá-los dos excessos e com sua equipe de fiscais sendo muito mais fiscalizada. Sem esta determinação não conseguirá fazer com que a população se empenhe no apoio.

Recomendo o filme o Vizinho (Lakeview Terrace). Recomendo, principalmente ao Prefeito e Secretários.

Neste feriado, assisti o filme classificado de suspense, mas que por minha experiência e vivência, classifico-o como filme de terror.
O estopim da tragédia inicia-se com um vizinho mal educado, um casal recém-chegado, que não respeita a propriedade do outro vizinho e ali, em um canteiro de flores, todos os dias ao chegar em casa acumula suas guimbas de cigarros fazendo do terreno alheio sua lixeira particular. Faz sexo com sua mulher dentro da piscinas sob os olhares dos filhos do vizinho. Aparentemente são vizinhos delicados e boas pessoas.
Na outra ponta está o vizinho que se sente invadido e reage. Desde Le blanc et le rouge, romance de Stendhal, os perfis psicológicos marcam espaço cada vez mais realistas. E o personagem do vizinho violentado e invadido sofre de distúrbios gravíssimos, um borderline. A tragédia se concretiza contando com uma série de ingredientes explosivos.
Interessante é estabelecer entre os dois vizinhos, exatamente aquele que detém alguma forma de poder que se sobrepõe. O vizinho já estabelecido no bairro, negro e racista que vive um sentimento de culpa e baixa estima, pai solteiro, mas detém o poder por agir em nome da autoridade de ser um policial e assim age vivendo sua vida doméstica sem se desligar do exercício do poder. Eis como o personagem atinge o ápice dramático misturando seus direitos com o poder de autoridade maior.
Em resumo, a ausência do verdadeiro poder local é responsável por semelhantes tragédias e por tal deve ser responsabilizado.

O vidro quebrado

Excetuando-se o tal jargão do choque, as iniciativas disciplinares do reordenamento urbano em um mínimo padrão de civilidade, o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já tem a adesão do empresariado e simpatia da população carioca. O artigo escrito por um dos sócios dos Hoteis Marina, Carlos Werneck, para o jornal O Globo nesta data de 12/06/2009 chega na hora certa. Tomando emprestado o modelo disciplinar resultado de política de combate à criminalidade e à desordem da cidade de Nova Yorque iniciada na década de 80 e seguida com tenacidade pelo prefeito Rudolph Giuliani, à época.

Em citação baseada no livro do americano Malcolm Gladwell em o Ponto da virada, Carlos Werneck escreve 'que não é preciso resolver grandes problemas para encontrar a solução para a criminalidade. Pode-se prevenir a ocorrência de delitos começando pelo básico: limpando a sujeira e enfrentando pequenas irregularidades.'

Ocorre que o ataque persistente contra à desordem urbana não deve nem pode ater-se ao visível das grandes avenidas de passagens. Necessário será corrigir o comportamento da população, não somente nas vielas das favelas e bairros pobres, mas incluir no cardápio ruas de todos os bairros, as ruas mais escondidas, as menos expostas à visão do projeto de recuperação da civilidade entre os habitantes da Cidade do Rio de Janeiro.

O outro lado

A fiscalização antes de agir punitivamente precisa trabalhar - e é para ser assim - na forma de agente educador. Orientando e instruindo o morador. Lembremo-nos de que a fome de arrecadação municipal tem sido bem demonstrada e os habitantes sabem até a época exata em que o estômago dos cofres municipais começam a se retorcer de fome de recursos. Historicamente as posturas municipais se revelam apenas com este objetivo arrecadatório tendo como trampolim a burocracia dos formulários e determinações unilaterais. Cada formulário e papelzinho carimbado pela Prefeitura, segue uma taxa meramente arrecadatória que provoca terror nos munícipes extorquidos. Por este histórico a população tende a desacreditar em iniciativas saneadoras. Oportunamente, surge uma oposição eternamente posicionada pela defesa de seus feudos contrariados a insuflar os munícipes contra tudo e qualquer providência.

Junte-se a esta receita macabra, o loteamento das Pastas municipais. A quem o feudo pertence? Qual é o deputado federal, estadual e vereador que têm influência direta? Situação esdrúxula cuja prática torna os representantes do povo em 'o cara que manda' e que aponta diretamente para a fragilidade das melhores intenções de um Prefeito, seja qual for o nome, o Município e não apenas um caso isolado para o Rio de Janeiro. Se o Prefeito Eduardo Paes, tiver êxito em barrar a tal da politização e investir no treinamento dos funcionários públicos municipais, aí teremos a população motivada para cumprir com o que lhe cabe, que é pagar, obedecer e cobrar. Antes, teremos o corpo funcional preparado para exercer sua função de zelador da população de munícipes.

De tanto choque

De tantos choques e cortar na própria pele, deduz-se que o brasileiro vai acabar eletrocutado ou desossado. Mas, só será assim para nós mortais pagadores de impostos. Para quem dá a ordem de eletrocução e para o carniceiro, estes, se sentem livres da divida. Termino depois poque chegou visita. A visita já foi embora e posso continuar.


Como estava dizendo, pegou a moda de se proferir tais expressões que se iniciam logo de saída numa eletrocução. É choque de tudo e para tudo. O povo brasileiro só vive à base de choques. Ao que parece no Nordeste, ou que eu ainda não saiba, em muitos outros recantos do País, a corrente doméstica ainda é de 220 de voltagem. E aí, como é que se faz? 220 é brabo, mata sem dó nem piedade. Onde a voltagem é de 110, tudo bem, um soninho como descanso e descarrêgo das tensões ( vou deixar com acento, sim! ).

Um teste

em teste para A arte de ser vizinho